40,1 milhões de euros gerados em Imposto Especial de Jogo Online (IEJO) foram para os cofres do Estado português.
A primeira Liga Portuguesa foi a competição objeto de mais apostas.
523 mil jogadores registaram-se nas quatro entidades com licenças para a exploração de jogos e apostas online. Do total, 40% têm entre os 25 e os 34 anos e quase 157 mil são ainda mais jovens – os dados são do relatório do 1º Trimestre sobre a matéria divulgada pela “Comissão de Jogos”, liderada pelo presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
O mesmo abrange o período de 25 de maio de 2016, data da emissão da primeira licença, a 31 de março passado – em menos de 10 meses, 40,1 milhões de euros foram gerados em Imposto Especial de Jogo Online (IEJO) para o Estado português no total de uma receita bruta de 82,8 milhões dos seis operadores existentes.
“Durante o ano de 2016 (maio a dezembro) o valor do IEJO ascendeu a 30,9 milhões de euros e no 1º trimestre de 2017 a 9,2 milhões de euros.”, especifica o documento.
Também, segundo o relatório, 75% do volume de apostas é representado pelo futebol, seguido do ténis e do basquetebol. Os 16 dias dos Jogos Olímpicos Rio 2016 ainda representaram 1,2% do total de apostas feitas no mesmo período.
Se analisarmos por competição, a Primeira Liga Portuguesa ganha pontos, contando com 9,5% do valor de apostas no futebol. À lista de preferidos a apostar, junta-se a La Liga Espanhola, a Premier Liga inglesa, a liga dos Campeões da UEFA, assim como o Campeonato Europeu de 2016: no seu conjunto representam um terço do total das apostas no mundo futebolístico.
Nos jogos de fortuna e azar, os dados refletem a realidade das quatro entidades licenciadas. De 25 de julho de 2016, data da primeira licença para a exploração desta categoria de jogos, até a 31 de março do ano corrente, a receita bruta obtida superou os 25,1 milhões de euros. Os jogos de máquinas e o póquer são os que registam o valor mais elevado.
Já na área “Regime de Tributação” é ressalvado o destino do imposto cobrado na atividade do jogo online em Portugal. Para além do financiamento aos sectores do desporto e ainda ao setor turístico, uma percentagem reverterá para o Estado.
“As receitas provenientes do imposto cobrado são aplicadas de acordo com o estipulado no RJO e, em especial, são destinadas, consoante a categoria de jogo ou aposta, a financiar o setor do desporto, o setor do turismo e o setor equídeo. A entidade de controlo, inspeção e regulação e as Regiões Autónomas são também beneficiárias das receitas do IEJO, assim como outros organismos públicos, nomeadamente o SICAD. Reverte ainda para o Estado uma percentagem do imposto cobrado pela atividade de exploração de jogos e apostas online.”
Quase um ano depois, estes são os primeiros números sobre o negócio da atividade do jogo online em Portugal: desde 25 de de Maio do ano passado, quando foi emitida a primeira licença para a exploração de apostas online, até 31 de Março passado, data de fim do relatório do 1º Trimestre revelado esta semana.